sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Transcol(?)

Em pouco mais de um mês de experiência em Transcol pude notar algumas coisas "interessantes" e como não tenho mais o que escrever, linguiça vos encho com essas minhas singelas anotações.

A primeira coisa que constatei e todos já sabem, mas sempre é bom lembrar, afinal, quando muitos dizem a mesma coisa ela se torna regra, lei e etc. Bom, a primeira coisa é que as leis da física são diariamente desafiadas no que tange ao teorema sobre dois corpos ocuparem o mesmo lugar no espaço. Impressionante como cabe gente dentro daquela lata amarela (ou azul). As vezes vemos alguns ônibus quase saindo gente pelo ladrão, mas o tchan está no quase porque o Transcol é como coração de mãe, sempre cabe mais um.

A segunda coisa que constatei foi a quantidade de pessoas que se assemelham a animais da nossa fauna. Acho até que deveria trocar o nome de Transcol para Zoocol - Zoológico Coletivo. Porque o que dá para ver de cachorro, cavalo, ema, porco e etc dentro dos ônibus é impressionante! Dia desses presenciei a conversa de uma lontra com uma cachorrinha que falava mais que uma matraca. Momentos que poderiam ser únicos se não tivessem ocorridos dentro de um transcol, onde dá para se ver toda sorte de animais conversando. Pior que a cachorra falava alto demais, o Zoocol todo ouvia. Infelizmente não me recordo sobre o que conversavam mas devia ser sobre algo do reino animal.

No mais, andar de transcol é uma verdadeira festa, é sempre imprevisível, emocionante e cheio de calor humano. Todo ser-humano que já andou de transcol tem uma história pra contar, conte a sua também.

Telemarketing

Quinta-feira, 20h00min: Ouço o telefone tocar, gentilmente me levanto da cadeira em que repousava minhas nádegas e me dirijo em direção ao aparelho de telefone:

- Boa noiteeeee. Diz uma mulher paulista nada empolgada.
- Alô.
- Poderia falar com o Sr. Lucas Mottaaaa?
- Sou eu, que houve?
- Aqui é do Itaú, poderia aguardar na linha enquanto eu te passo pro... (não lembro o departamento). Por favoooor? A empolgação dela crescia e era visível.
- Ahn... tá né. Depois de quase uma histeria, como eu iria dizer não? Embora já estava pensando em quanto eu odeio o Itaú, aquelas propagandas irritantes com aquela voz grossa "que foi feito pra você".
E qual minha surpresa?
- Tu tu tu tu tu...

Tomei um na cara!!!! Ando sem moral mesmo, até de telemarketing já é sacanagem.

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Histórias de Transcol

Resolvi dar um sentido a mais ao meu lindo tempo dentro de um transcol de Jardim Camburi x Tucum e vice-versa. Sou muito observador e resolvi prestar atenção nas pessoas em volta de mim e escrever as histórias que ouço.
A primeira história eu saberia contar mesmo se eu não fosse um bom observador, pois foi quase um "escândalo". Estava eu sonolento sentado no meu lugar quando ouço alguém berrando coisas do tipo "porque ficam todos amontoados na parte da frente do ônibus? Porra, tem espaço de sobra aqui atrás, fica difícil de entrar assim". Aí fiquei olhando pro rapaz vestido de terno. Não satisfeito em maldizer o pessal da frente, ele puxou papo com um rapaz ao lado dele, aliás, continuou resmungando meio que pedindo atenção. Foi quando ele soltou a pérola.

- Melhor eu parar de falar porque senão alguém vai querer encrencar e eu tenho posse de arma, estou armado e se eu ficar nervoso já viu né? Esses dias mesmo um rapaz entrou no ônibus e pulou a catraca, o que o cobrador podia fazer? Nada né. Então eu virei pra ele e falei pra ele voltar e pagar a passagem, ele me perguntou quem eu era, disse que não era ninguém, aí ele me perguntou se eu sabia com quem eu estava mexendo, que ele era vagabundo, aí eu falei 'aé é? vagabundo? Então bota as mãos pra cima", quando ele viu a arma começou a chorar, e eu perguntei 'ué? Você não é vagabundo?"

Bom, o que uma arma na mão não faz com a arrogância de uma pessoa né? 'Doutores da lei' já são tentados a serem soberbos, imagina um que além de tudo anda armado, deve se sentir um deus, e foi o que percebi daquele cara.
Embora ele tenha dado uma lição no indigente do ônibus, ele não parou de reclamar em voz alta do povo lá da frente e quis chamar a atenção de todo mundo, contando até o motivo pra estar andando de ônibus, pois o irmão havia pegado o carro e batido na 3a ponte.

Enfim, essa foi a primeira história de transcol. Espero presenciar mais cenas inúteis para colocar aqui.

terça-feira, fevereiro 26, 2008

E se...

Alguns dias atrás tive o prazer de expor o íntimo do meu íntimo e me questionar se era ou não estranho. Mas acordei pensando hoje e vi que não estava tão completo assim. Não são apenas momentos de embaraço que me afligem. Sabe o que é tenso? É quando nasce nos pensamentos as probabilidades.

As vezes estou lá tranquilo e de repente eu penso: e se eu tivesse feito desse jeito? E minha mente fica nesse lenga-lenga por vários minutos e não bastando isso, sempre tenho a certeza de que o que fiz foi a pior escolha. Os "E se..." me matam. Eu praticamente me encolho em posição fetal quando eles aparecem na minha cabeça, de tão fortes que são ou de tão anta que sou por sempre fazer merda.

Mas pra terminar com chave de ouro e que não poderia faltar são os arrependimentos do que eu NÃO fiz. Acho que é o pior tipo de arrependimento, porque aquela chance que tive nunca mais vai voltar. E só de escrever isso sinto a lágrima brotando em meu olho enquanto algumas memórias gentilmente me vêm a cabeça e mais parecem um peso de 20kg nos meus ombros. Aquela voz escrota que fica dizendo "porque você não fez isso?", "você devia ter feito desse jeito".
É uma megera parida de uma rapariga.

E no final da festa sabe o que acontece? Eu não mudo e continuo a mesma pessoa.

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Estágio

Quando entrei no meu lindo estágio tive a sincera ilusão de que teria diversas funções e realizaria grandes trabalhos microbiológicos. Mas a ilusão durou apenas 2 dias. Em 2 dias pude ver que teria apenas uma rotina (chata) para fazer. O mais triste é que, como estagiário, o que me sobra é a parte mais "inútil" do processo todo.

As pessoas que acompanharam de perto minha jornada em busca do "Estágio Perfeito" sabem como foi difícil pra conseguir um, e enfim o tenho. Soa até bonito dizer que sou estágiario do laboratório de microbiologia do IEMA. Amém.

Mas ao fazer essa pequena apresentação para alguém e até arrancar um olhar de "uau" do mesmo, chega aos meus ouvidos a inevitável pergunta: e o que voce faz lá?

E o que eu faço lá? Pausa pra rir. Poisé, o que eu faço lá não é tão interessante quanto a apresentação que eu faço dele. Embora o laboratório seja responsável pelos testes de balneabilidade dos corpos d'água do Espírito Santo, eu sou responsável por... lavar tubos! Além de outras coisas, porém o mais importante, o que devo me sacrificar mesmo, é a responsabilidade de manter os tubos limpos. Só posso dizer que agradeço ao meu belo curso de Saneamento Ambiental que me preparou pra essa difícil tarefa de limpar tubos de ensaios! Tão difícil que até acometido de tendinite já fui.

Boa semana

Meu fim de semana:

Indisposição, garganta inflamada, febre, dores pelo corpo, sonolência, dor de cabeça e gases.

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Estagiário

Semana da chefe, vou desvendá-la aqui:

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Estagiário

Baseado no meu dia-a-dia no lindo laboratório de Microbiologia do IEMA, criei meu alterego, o Estagiário. Aviso que não é pra ser engraçado, mas é real, e na verdade tem apenas um propósito, explorar o lado criativo do meu cérebro e dar mais um sentido pra minha inútil vida noturna - leia-se ócio e madrugadas acordadas na frente do pc.

terça-feira, fevereiro 19, 2008

Workplace

Após um pequeno recesso no meu lindo estágio por conta da minha tendinite, tive o prazer de voltar ao cheiroso laboratório nessa segunda-feira quente que se passou. Como tive a ajuda para colocar o trabalho em dia, sobrou tempo para me sentar a frente do computador e navegar um pouco pela internet.

Lembro do primeiro dia em que estive lá e que aprendi um pouco sobre a personalidade das minhas superiores, e como foi engraçado ver aquelas mil páginas sobre comida. Mas hoje aconteceu algo que realmente me surpreendeu. Até me fez pensar no motivo para esse ato. Expansão da cozinha? Pode ser, nunca saberei. Aliás, é estranho saber coisas íntimas de alguém sem que essa pessoa saiba. E aqui estou dividindo mais uma intimidade de alguma das minhas superiores, enjoy it.



Hipocrisias

Quando estava no terceirão, ou terceiro ano do segundo grau, tive uma professora de redação muito distinta - para não dizer doida. Ela tinha o cabelo pintado em 3 cores, um senso de humor apurado e um corpo magrelo e contorcido estranho de se ver.
Ela gostava de nos incitar a pensar, aliás, tiro meu chapéu pra ela, com aquela idade aguentar uma turma de quase 100 alunos nas idades de 17 a 19 anos não deve ser nada fácil, um bando de crianças que se acham adultas com os hormônios a todo vapor e com um senso crítico ridículo mas pensam que são intelectuais.

De qualquer forma, resumidamente ela perguntou para a turma após uma discussão sobre a ética e a moral dos nossos políticos quem achava que existiam pessoas que não são corruptíveis, ou seja, que não se deixam vender. Uma gigante parte da sala levantou a mão, e aí ela perguntou quem achava que isso era mentira e que todos tinham seu preço, só precisamos de tempo para descobri-los. Eu levantei a mão, sozinho.

Foi quando ela virou pra mim e perguntou: Então todo homem possui seu preço? E a resposta foi um sim. Ela me falou algo que não esqueci: Quando um irmão faz algo de errado e ele te diz 'não conte pra papai que te dou minha mesada' e aí você não conta, não é assim? Isso não é corrupção?
Isso calou a boca das patricinhas que sentavam lá atrás e que provavelmente hoje são as que tem o preço mais baixo: só chegar de carro que as "portas" se abrem... mas deixemos isso pra mais tarde.

Sempre fui muito cético quando se trata de sentimentos, não acredito piamente no que os outros dizem que sentem. Não que eu tenha sido criado com indiferença e falta de amor, mas é algo que eu sempre tive.
Um exemplo tosco mas que ilustra bem é quando uma criança recém-nascida é apresentada a alguém e esse vira e diz "que coisa linda!" quando na verdade essa criança só sabe babar, parece mais um repolho de tantas rugas e sinceramente, não é nada bonito, afinal, existe recém-nascido bonito? Todos tem a mesma cara! Eu simplesmente não acredito.

E dei essa volta toda para falar de como nós, seres-humanos, somos hipócritas. Quem gosta de guerra? A maioria das pessoas dizem que não, mas isso é verdade? Não acredito em ativistas pela paz, aposto que eles adorariam ver os grandes generais queimados numa praça. Todos amam ver seus inimigos na pior, e não estou generalizando. E por que estou falando disso? Sei lá, pareceu mais profundo em minha mente, mas já que está aqui. Boa terça.

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

TerraChat - Vitória 2

>Gustavo acaba de entrar na sala.
>Gustavo diz:
alguém querendo tc?

Aflições

Tempo que não mostro "as cara" por aqui, decidi então aparecer.
Meu final de semana foi muito bom, to amando a vida cada vez mais, só que eu sempre percebo uma coisa, que já vem "cutucando" meu "celébro" por algum tempo.
As mulheres tem o que agente quer; se vocês não perceberam a profundidade desta frase, entendam uma coisa:
Elas tem o que agente quer e pronto.
Se for preciso pintar minhas unhas pra conseguir o que elas tem, eu pinto, e não tenho vergonha de falar.
Fico por aqui.

domingo, fevereiro 17, 2008

Don't waste your time


Como minhas idéias evaporam no exato momento que me acomodo na frente do monitor, vou compartilhar aqui fatos de total desinteresse de vocês.
Eu sempre tive uma memória boa, hoje em dia ela está meio seletiva mas já funcionou bem melhor. Lembro do primeiro clip que assisti na MTV, não sei o que havia acontecido que passei o final de semana fora de casa, meu irmão havia operado do joelho e nesse período instalaram tv a cabo lá em casa em floripa. Acordei no dia seguinte cedo, nessa época eu acordava cedo por conta própria, e fui dar uma olhada nos canais da televisão. Deitei, me aninhei no sofá e apertei o botão do controle remoto.

Nessa época eu era um pré-adolescente cheio de sonhos e ideais para lutar, tinha um coração puro e acreditava nas pessoas. Eu era um bom menino.
Sucedeu que o primeiro clip que pude ver me marcou tanto que nunca pude esquecer. O primeiro clip que assisti foi ao clip do Simply Red - Say You Love. Lembro como se fosse hoje, eu assisti ao clip e gostei daquelas velhas segurando fotos de homens, de certo eram viúvas. Gostei dos sorrisos das pessoas humildes que apareciam pelo clip, gostei da lírica da música, enfim, me comoveu. A única coisa que não gostei e por motivos óbvios foi do cantor, o curioso é que, naquela época piercing nem era algo tão famoso por aqui e o cara do Simply Red tinha um no dente. Será que aquele esquisito foi o precursor dessa frescura?

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Entranhas

As vezes eu sou estranho.

Por mais estranha que possa soar essa afirmação, ela é verdadeira. Sei que sou estranho aos olhos de uma pessoa normal, mas isso pouco importa. O que quero dizer é que as vezes sou estranho aos meus olhos. Será que é só comigo que alguns erros, momentos constrangedores e coisas do nível resolvem brotar em meio a pensamentos em momentos de pura distração? Sometimes very often estou chegando da UFES, do estágio ou qualquer lugar que seja e ao saltar do ônibus e andar o pedaço de caminho entre o ponto e meu lar, minha mente entra em um estado de "vazio" total. E é nisso que mora o perigo. Ao me desligar de tudo, parece que me ligo aos "problemas". Estou eu a caminhar quando de repente aquela cena embaraçosa que protagonizei numa festa me vem a mente, ou a merda que fiz há bons anos atrás brota e se não bastasse isso, ficam me martelando! Será que é só comigo? Porque elas fazem isso?

E aí que vem a parte estranha, eu literalmente tento fugir de mim. Saio correndo achando que posso fugir de minha mente, mas é em vão. Enquanto corro falo algo comigo mesmo, como um "não!" e coisas do tipo e continuo a correr. Isso não é estranho? Se memórias ruins aparecendo de vez em quando nas mentes espalhadas pelo mundo for normal, é normal sair correndo ou gritar algo? Uma vez eu saí correndo com tanta força, que parei e pensei, "O que você tá fazendo imbecil?". Mas no exato segundo em que a porcaria do pensamento veio me irritar, é tão insuportável que correr é o instinto básico que me ocorre.

E a angústia? Aquela sensação de "puta merda, mas que bosta que eu fiz!". Sinto como se minha cabeça pesasse bons kilos. Essa sensação é devastadora, e o que eu faço? Caretas. Ou seja, saio correndo, falo sozinho e ainda faço cara feia, isso ainda quando não tento socar o ar, como se ali estivesse minha mente. Fora a raiva de mim mesmo que sinto no momento, vontade de me socar por ter feito a merda sobre a qual estava pensando.

Será que sou estranho mesmo ou isso é normal? E porque ninguém fala sobre isso? Devo estar reflexivo demais.

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Lembranças

Depois do belo descanso pelo Rio de Janeiro, ver que a parte rica da cidade é realmente bonita, me emocionar com um menino de rua de uns 7 anos pedindo esmola para um motoqueiro numa "humble" Harley Davidson, perceber que apesar do sotaque meio homosexual os cariocas são simpáticos, constatar que em meio de milhões de habitantes raras são as espécies do sexo feminino que podemos dizer que são bonitas, suspeitar que os cariocas não tem noção de quanto se deve pagar por uma garrafa de cerveja - 5 reais numa skol, depois disso tudo, o que ficou na minha mente dessa incrível viagem foi uma lembrança de minha infância, mais precisamente uma música.
Não me recordo o nome da música, o nome do LP, só lembro que eram músicas infantis e que eu gostava muito.

"Jaboti preguiçoso, anda muito devagar, leva a casa nas costas pra não ter que voltar. Gosta muito de uma sombra, de água fresca e de comer. É um bicho muito feio mas gostoso de se ver.
Cabeça e pernas esconde quando vê algum perigo é assim que se defende de quem é seu inimigo.
Maaaas um dia aconteceu uma coisa de espantar, jaboti andou depressa, namorada a encontrar. Então o preguiçoso começou a se esforçar, para ter uma família é preciso trabalhar.
Então o preguiçoso começou a se esforçar, para ter uma família é preciso trabalhaaaar, trabalhaaaar, trabalhaaar, trabalhaaaar".

FIM

Algumas imagens de coisas que só vemos pelo Rio.


Super carro tunado



adesivo esbanjando bom-gosto