segunda-feira, abril 12, 2010

Politicamente Correto?

Vou ser bem direto.
Ser politicamente correto as vezes é um cocô. (Pra não dizer merda e usar de expressões abusivas e que não seriam politicamente corretas).

Eu sempre pensei que a democracia é uma faca de dois gumes, aliás, sempre achei que a democracia é uma merda, mas num mundo amoral como o nosso, onde o dinheiro é o deus, talvez seja o menos pior, digo talvez porque não parei pra pensar sobre isso de fato. Mas tenho certeza que Deus não é democrático, se Deus fosse requerer governo político/social, não seria uma democracia de jeito nenhum, graças a Deus por isso!
Mas enfim, onde a maioria manda, se a maioria for burra como no caso de países "em desenvolvimento" e países subdesenvolvidos, as chances de escolhas péssimas e irracionais para políticas públicas e qualquer outra coisa são muito maiores, concordam? E de qualquer forma, pessoas burras são facilmente compradas, então acaba que nossa democracia não é bem uma democracia como deveria ser.

Mas não é sobre isso que queria falar. Ser politicamente correto é uma merda. As vezes temos que levantar bandeiras que são utópicas em prol da coletividade, do amor e de qualquer outro motivo, e não me venham com esse papo de que tudo tem um começo e blá blá blá, tem coisas que nunca vão mudar.

Mas que bandeiras utópicas? Um exemplo é o futebol feminino. Quem se interessa por futebol feminino? Talvez algumas mulheres que curtem mulheres, ou alguns homens que têm esperança em ver mulheres bonitas jogando, mas em nome do politicamente correto, o tema é abordado como se fosse interessante, a TV tenta mostrar o futebol feminino como algo realmente interessante, quando é óbvio que nem a TV mesmo gosta.

Outra bandeira utópica que foi levantada é a de igualdade, universalidade e outras "dades" da vida. Alguns que achamos no princípios do SUS. É bonito? Sim, mas é utópico, é só pra inglês ver mesmo. E aí o que acontece? Sempre alguém se estrebucha por seguir a cartilha do politicamente correto.
E vim aqui rir da FIFA. Inventou de deixar um país subdesenvolvido (ou seria em desenvolvimento?) sediar e organizar uma Copa do Mundo. Aliás, não contentes com a cagada que fizeram, deixaram outro país de terceiro mundo sediar a próxima... o Brasil.
Voltando ao caso da África do Sul, pensei nisso pois li essa reportagem aqui. E não é a primeira vez que rola um problema desse nível por lá não, toda hora tem pepino pra resolver. Teve um recentemente sobre o caso dos camelôs, quero só ver o que vai ser quando a Copa começar.
Aliás, pra coroar minha idéia, essa última frase já expressa o que eu quero dizer: - Este é um país democrático e as pessoas têm espaço para reivindicar o que acham justo, com ou sem Copa do Mundo pela frente. Não vamos reprimi-las, apenas esperar que esta questão se resolva rapidamente - afirmou.

Mas agora convenhamos, as chances de problemas parecidos acontecerem num país europeu de primeiro mundo é quase zero. Então porque não deixam as copas por lá mesmo? Mas não, em nome de alguma "dade" eles tem que dar a chance para todos... Então vão nessa e se preparem, porque os mesmos pepinos vão se repetir aqui no Brasil. Aliás, Copa do Mundo e Olimpíadas, eu só quero ver o que vai dar!

Não que eu seja preconceituoso ou qualquer outra coisa que quiserem me acusar, eu sou realista. E como qualquer outra pessoa, também as vezes sou obrigado a agir em prol de alguma "dade". É a vida. Mas as vezes isso é uma merda. É o meu desabafo.



quarta-feira, abril 07, 2010

Liberdade de Expressão


O mais interessante dessa pseudo-democracia que vivemos no Brasil é que qualquer pessoa pode se expressar quase que livremente. Com isso em mente agora, as 3:11 da manhã de uma quarta-feira, decidi dar o meu grito, fazer a diferença, botar a boca no trombone, soltar o verbo:

Eu sou contra as novas leis da gramática!!!!

Primeiro porque mal sei as leis da antiga gramática e segundo porque o português que sempre me pareceu bastante inútil como língua num panorama mundial, conseguiu ficar feio! Feio e inútil... O que pode piorar?

quinta-feira, abril 01, 2010

Dona Ruth

Minha avó faleceu nessa semana, mais especificamente na terça-feira, dia 30 de março de 2010.
Já contei algumas histórias dela aqui, e provavelmente irei repetir coisas, mas contando que ninguém acompanha isso aqui, fica apenas gravado como uma homenagem a minha querida vó.

Eu, como já foi falado aqui, era o cabritinho da vovó, lembro muito bem como esse apelido veio. Quando éramos crianças gostávamos de brincar na casa dela. Por vários motivos íamos lá, ela tinha praticamente um museu naquela casa. Cheio de coisas velhas que gostávamos de futucar. Mas o ápice vinha quando ela chegava, ficava longe da gente e perguntava pra gente "Cabritinho quer chocolate?" e a gente fazia "béééé" em afirmação. E ela fazia mil e uma perguntas, enquanto eu e meus irmãos ficávamos pulando e dizendo bé.
Lembro dos moedores de grãos que ela tinha, aquilo tinha uma capacidade de nos entreter por horas seguidas, bastava ela ter milho pra gente jogar no moedor e ver virando pó. Tinha também os volantes de carro que meu avô guardava sei lá pra que, pegávamos aqueles volantes e ficávamos dirigindo balançando na rede...
Outra coisa que nunca vou me esquecer da minha avó é do seu jeito de tratar resfriados. Aliás, quando crescemos percebemos que não era só pra resfriado, mas pra qualquer tipo de doença: o negócio era molhar álcool num lenço e enrolar em nossa garganta. Interessante é que, eu particularmente adorava quando tinha álcool no meu pescoço. Tenho até umas fotos de criança com lenço enrolado no pescoço.
E minha avó botava tanta fé no álcool, que sobrava até pros cachorros dela. Era só eles esboçarem um resfriado - convenhamos que isso é raro pra um cachorro, que ela os enfeitava com um lenço alcoolizado.

Por falar em animais, ela também gostava muito deles. Possuía muitos passarinhos, cachorros e teve alguns gatos. Também teve jabutis e papagaios. Acho que minha afeição por animais foi influência direta dela.

Minha avó era uma avó carinhosa, amorosa, e como qualquer velha, tinha suas manias. Agora, nunca vou me esquecer da surra que ela deu no meu irmão mais novo. Uma vez ele inventou de imitá-la, porque ela falava "um cadinho" quando queria dizer que era só um pouco. Naquele dia eu tive medo dela... tadinho de pedrinho, apanhou de uma velhinha.

É estranho pensar na morte dela, porque ela sempre existiu na minha vida, é como o Michael Jackson, a gente não espera a morte dessas pessoas. A gente nunca pensa que ela vai morrer "agora". Que sempre vai morrer num futuro... E o futuro dela terminou na terça.

Sei que ela está bem agora, a doença que ela desenvolveu foi destruindo sua vida e c0m certeza ela não devia ser feliz naquele leito de hospital.

Sabe dona Ruth, você foi uma boa avó, tenho várias lembranças doces da senhora, um dia espero ser um avô melhor do que você foi pra mim. Sempre carinhosa, com seu jeito de mostrar o carinho daquele jeito diferente: enfiando seu nariz no meu olho.

Nunca vou me esquecer de seus provérbios vovó: Mulher feia? Pó matar que é bixo!
Bom, então é isso... amava a senhora.