quarta-feira, maio 06, 2009

Saudades

Recordar é viver?
Esses dias sonhei que estava voltando aos EUA e isso me fez pensar nos momentos que passei por lá. Tantas coisinhas que vi e vivi, muitas experiências eu tive, até do cuidado de Deus para com a minha vida.
Mas gostaria de eternizar aqui algumas coisinhas pequenas que vi por lá, talvez na época eu postei por aqui, mas como eu mando e estou afim de relembrar, eu vou escrever.

- Até em NY existem bolivianos tocadores de flauta, como na nossa linda praça dos namorados. Mas como tudo nos EUA, eles são muito mais sofisticados, até uma bateria eles levam pros lugares que vão se apresentar e vender CDs. Foi um momento latrino ímpar que tive enquanto descia pro metrô e topava com eles.

- Ir do aeroporto de NY para o albergue que eu tinha reservado um quarto de táxi era muito caro, logo, existia um serviço de van que levava as pessoas para seus destinos. Pra variar comigo tudo tinha que ser complicado, então na minha vez, depois de esperar MUITAS horas para conseguir uma vaga, mesmo assim o sistema errou e tinha mais gente do que vaga dentro da van, o que aconteceu? O brasileiro latino inutil teve que ficar esperando a próxima van, certo? Errado, todos se amontoaram lá dentro, foi quase uma feira, e digo isso pela quantidade de mulheres que tinham lá dentro, aliás, senhoras.
O legal foi que todos estavam de bom humor e brincaram com a situação, mas lá estava eu, um latrino no meio de um monte de americanas, só tinha eu de homem, o motorista mexicano e um francês, ou seja, basicamente eu e o mexicano de homens.
Não demorou muito e as atenções vieram pra mim, depois de tentarem conversar com o francês, me notaram e começou a chover várias cantadas daquelas senhoras americanas para a minha pessoa. Falei que era brasileiro e o clima pegou fogo, perguntaram se eu não queria passar a páscoa com elas e etc. Tinha uma que era bem bonita, devia ter uns 38 anos mas era muito bonita, mas ela era a mais recatada, embora ficava me olhando basante...hahahahah! Quase a convidei para ir ao teatro comigo, mas minha timidez me venceu, ou o meu bom senso, vai saber.

Enfim, foi muito divertido conversar com aquelas mulheres, minha ansiedade por estar na Big Apple sumiu e lá estava eu contando histórias divertidas de como eu caçava jacarés no rio que passava perto da minha casa no Brasil, ou de como meu macaco Flik era inteligente...

Lembro com muito carinho da minha primeira tentativa de fazer um boneco de neve, que logicamente foi em vão, ô coisinha complicada, a neve tem de estar num ponto exato para ser fácil de ser montado... pra variar nós latrinos não sabíamos disso e tentávamos em vão fazer um boneco.

Lembro que os supermercados não eram permitidos vender bebidas alcoólicas acima de um certo teor alcoólico. O máximo que se vendia lá era vinho, acima disso só em lojas para bebidas. Então o que encontrávamos lá além de vinho, cerveja, keep coolers e etc? Vodka light.... sim, até cheguei a comprar. Era uma vodka diluída, com 10% de teor alcoólico.

Muitas coisinhas especiais eu vi e vivi por lá, e como recordar é viver, queria dizer que sinto muitas saudades daquele tempo.