Um humilhação aleatória
Ontem, após um esporro homérico recebido por uma pessoa que eu amo, fui dormir pensativo.
Lembrei de quando fui humilhado pelas costas para mais de 30 pessoas.
Bom, não eram bem "pessoas", eram apenas pré-adolescentes, mas eles estavam chegando lá. Em 2007 eu me aventurei em ser professor substituto no estado, dei aula de matemática por 2 semanas para umas 10 turmas (ou mais). E a turma da oitava série era a maior que eu tinha, deviam ter uns 40 alunos na pauta.
Então lá estava eu, dando aula de geometria quando percebo duas crianças se levantando da cadeira e vindo em minha direção. Logo em seguida ouço a risada da turma toda. Quando olho pra trás, estavam 2 meninas fazendo a dança do siri atrás de mim.
As antas não perceberam que eu estava olhando para elas e continuaram dançando enquanto eu fiquei de braços cruzados apreciando a cena. Na minha cabeça eu me perguntei: porque? Afinal de contas, eu era muito gente boa com aqueles pequenos indigentes.
Agora, eu senti algo que talvez só quem é professor sabe bem o que é. Não me importei, não fiquei ressentido e não descontei na hora da prova. Apenas chamei a diretora, ela deu um esporro homérico neles (como o que eu recebi ontem) e eu continuei minha aula. Uma das meninas que fez a dança do siri era bem burrinha mas esforçada, sentava na frente e me perguntava o tempo todo... e lá estava eu, sempre pronto pra ajudá-la.
Quero manda um paty-beijo pra Priscila que me abriu os olhos ontem. Fiquem com Deus, democráticos.