A sub-arte dos sub-humanos [por Júlia Félix] http://felipequeres.blogspot.com
Qual a diferença entre a expressão religiosa e a expressão "mundana"? A diferença é a diferença. O que os uniria pela essência os afasta pela ignorância e a sobra de hipocrisia. A sub-arte na qual os cristãos se inseriram - e digo isso pois sempre há opções - abriga a justificativa, na forma como o estilo de vida cristão é revestido de um círculo místico composto de jargões e posturas estereotipadas, que o separa rigidamente do que ele mesmo conceitua como sacro e profano. O discurso especificamente evangélico de que na Bíblia e somente nela encontramos alento para as nossas almas, impõe sutilmente a idéia de que se deve limitar ou até não buscar influências externas que possa colocar uma crença em cheque. Mediante esse posicionamento, entendemos então que a questão já passou de espiritual ou teológica para retórica. A sub-arte evangélica, enfim, é limitada a apenas um manifestação que parece visar baratear, controlar e determinar as sensações artísticas com relação ao divino.
Ora, se a busca da beleza nos impede de viver, essa é uma beleza que nos perde e não que nos redime. Não deveria ser a arte livre para ser o que é, assim como de quem ela parte o é? Certa vez quando num fórum me foi perguntado sobre a existência ou não da música sacra, devolvi a questão com um pensamento (por saber que a resposta não está comigo, somente o processo) que instigava a reflexão sobre o objetivo artístico acima da "religiosidade etnocêntrica" e a diferenciação entre "arte partidária" e "arte libertadora". Enfim, Deus nos ajude a pensar sempre, questionar sempre entre o que temos e o que seremos, porque o equilíbrio também é feito disso.
Enquanto a pergunta feita abaixo eu deixo para os universitarios.